O biscoitinho de nata da vovó, aquele tempero gostoso na casa da mãe, o bolo de banana com canela da infância. A comida nos traz memórias afetivas em diversos momentos da vida, especialmente quando é feita com carinho e por quem a gente ama.
A essa tendência na gastronomia, de comida que nos faz sentir afeto e nostalgia, damos o nome de comfort food. Já ouviu falar sobre ela? Ficou interessado no assunto? Então continue a leitura para saber tudo sobre esse conceito!
O que é comfort food?
A chamada “comida de conforto” é aquela que, além de sabor e qualidade, tem a capacidade de fazer com que a pessoa seja transportada para outro tempo. São receitas que trazem à tona lembranças boas de lugares, pessoas, momentos e situações. É aquele alimento que parece mais um abraço.
O ponto-chave da comfort food é a simplicidade. Os cardápios podem ser diversificados, mas não muito rebuscados, com ingredientes que quase ninguém ouviu falar. Quanto mais parecido for o sabor da comida com o da lembrança da pessoa, melhor será a experiência.
O conceito de comfort food também tem relação com aquelas pessoas que moram fora do país e sentem falta das comidas típicas do seu lugar de origem. Tendo o Brasil como exemplo, imagine só o prazer que é comer, depois de algum tempo sem, uma feijoada estando na Europa, ou um bolo de fubá lá nos Estados Unidos? É uma maneira de matar as saudades do nosso país, das nossas raízes, do nosso lugar do coração.
Slow food, o movimento para desacelerar
Outro conceito que há alguns anos também vem sendo difundido pelo mundo é o de slow food. Fundado em meados da década de 80, o slow food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos. Conta hoje em dia com mais de 100 mil membros e tem escritórios e apoiadores espalhados por mais de 150 países. De acordo a base do movimento no Brasil:
“O princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial, produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores”.
O slow food anda na contramão das comidas e lanches rápidos e defende a necessidade de as pessoas estarem melhor informadas sobre o que comem, em todos os aspectos.
De onde surgiu o termo comfort food?
Essa terminologia é bem nova no ramo da gastronomia e traz consigo o propósito de prezar pela qualidade dos produtos e pelo sabor delicioso de comida caseira, feita por quem coloca amor em cada prato.
De uns tempos para cá, o mercado percebeu a preocupação das pessoas com a qualidade da alimentação, pois elas passaram a prestar mais atenção ao que comem e começaram a dedicar mais tempo ao preparo e à organização da sua própria comida. Não é à toa que as marmitinhas fit caseiras viraram uma febre em todo lugar.
Quais são as comidas mais escolhidas da categoria?
Como os sentimentos das pessoas são únicos e individuais, a comfort food também é. Um tipo de comida que pode ser a preferida de alguém, pode não ser a de outro, até porque as vivências de cada um são diferentes. Por isso, para definir o cardápio com esse conceito é preciso estar ciente de que ele deve ser variado.
Um menu completo com pratos que trazem a sensação de conforto e carinho pode ser saudável ou não. Dentro das possibilidades podemos listar:
- lasanha;
- feijoada;
- macarronada;
- sopas;
- caldos;
- bolos;
- biscoitos;
- sobremesas;
- saladas;
- sanduíches.
Cada pessoa pode ter memória afetiva com uma dessas delícias.
Além disso, alguns produtos industrializados também já estão entrando nessa linha. Para facilitar a vida de quem enfrenta horas e horas no trabalho e não tem tempo disponível para ir à cozinha — ou de repente nem gosta mesmo —, algumas marcas já lançaram pratos especiais para os que buscam aquele gostinho de comida caseira. Pão de queijo recheado com goiabada, acarajé e bolinho de bacalhau são alguns dos exemplos presentes no mercado, inclusive congelados.
As marmitinhas congeladas também são um sucesso: escondidinhos, lasanhas, canelones, quibe assado e muito mais. Opções gostosas não faltam! Mas fique de olho na hora de escolher e comprar esse tipo de comida pronta: é bom saber a procedência dos ingredientes usados, como é o preparo dos alimentos, a higienização da cozinha e as embalagens.
Assim, você fica tranquilo ao oferecer no seu negócio uma opção que, além de trazer boas memórias, também está dentro dos padrões de qualidade, segurança e higiene.
Como aplicar essa estratégia de marketing no meu restaurante?
Para inserir o conceito de comfort food no seu negócio e elaborar uma estratégia de marketing eficiente, primeiramente é necessário que algumas questões fiquem bem claras em sua mente:
- a comfort food não é um tipo de alimento específico;
- não existe hora ideal ou momento determinado para a comfort food;
- a comfort food pode ser consumida em qualquer lugar, horário e até mesmo fora de casa.
Para colocar em prática a ideia da comfort food no seu restaurante, é preciso ter em mente que os ingredientes têm de ser de extrema qualidade. Para isso, será necessário:
- selecionar bons fornecedores de alimentos e de insumos de modo geral;
- fazer parcerias com os pequenos produtores locais, que tenham itens de qualidade;
- escolher parceiros que tenham ligação com a memória afetiva dos clientes.
Fique de olho em todos esses detalhes para que o resultado seja o esperado por você e, principalmente, pelos clientes do seu estabelecimento.
Como vimos, a comfort food está ganhando o coração das pessoas por trazer lembranças de delícias que aquecem o nosso coração. Prepare-se para implementar esse novo conceito de cardápio em seu restaurante, vender mais e se tornar também uma lembrança boa na memória dos seus clientes.
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